terça-feira, 1 de março de 2016

A VIDA PERDEU O SEU VALOR

Nos dias atuais o sentimento de morte espalhou-se pelo mundo. Os homicídios aumentaram consideravelmente na medida em que o sentimento de amor ao próximo foi se extinguindo.

Podemos observar em (Gn 4. 8), o primeiro relato de homicídio notificado no mundo ao qual narra a morte trágica de Abel pelo seu irmão Caim. Desde então o homicídio entrou no mundo e se tornou uma ameaça a raça humana.

Porém, desde o princípio, Deus se posicionou como defensor supremo da vida, pois mesmo o assassino de Abel apesar de ter sido severamente punido, não pode ser assassinado (Gn 4. 11-15). Desde então Deus tenta destruir a cadeia de morte gerada pela desobediência e alimentada pelo pecado que dá origem a um ciclo vicioso de ódio, competição e ambição que sustenta essa mentalidade de morte presente desde o início até os dias de hoje.

Ao contrário do que pensamos a vida humana não é propriedade humana, nós somos criaturas de Deus, criados por Ele a sua imagem e semelhança (Gn 1.27), portanto, qualquer ato contra a vida será considerado um ato contra uma criação do próprio Deus. Em seu V mandamento Deus é bem categórico quando diz “não matarás” (Ex 20. 13), o que nos proíbe de forma clara de tentar contra a vida de qualquer ser humano, pois somente quem a criou pode tirá-la (Ez 18.4) (1 Sm 2.6).

Mais a frente o próprio Jesus Cristo ensina que a ira, palavras de ódio e humilhação proferidas contra um irmão são atos comparáveis a um homicídio, já que palavras também tem o poder de destruir uma vida. A Bíblia diz em Mateus 5:21-22 "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, quem matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”

O pecado gera a morte, e a morte praticada através do pecado gera um sentimento de vingança inconsciente nas pessoas que começam a acreditar que a única forma de acabar com a injustiça cometida é matando quem a cometeu, alimentando e aumentando essa cadeia absurda ao ponto de nos induzir a pensar que matar é normal, que quem comete um crime deve morrer e que qualquer um pode praticar um homicídio em algum momento da vida.

Quando uma cidade tem os seus índices de criminalidade aumentados e a maior parte dos que morrem são bandidos, chegamos a comemorar, pois é um bandido a menos na cidade, porém o que nos esquecemos é que se estão matando mais é porque existem mais pessoas cometendo crimes, logo, a bandidagem não diminuiu com as mortes, mas aumentou por causa dos novos assassinos.

Deus nos pede para amarmos ao próximo como a nós mesmos e para isso nos deu o maior exemplo de amor que foi capaz, entregou o seu próprio filho para salvar as suas criaturas e transformá-las em verdadeiros filhos (João 3:16). Assim também devemos ser nós, se desde o princípio tivéssemos sido capazes de amar os nossos irmãos como Deus determinou, o mundo seria um lugar de paz e harmonia ao contrário do que vivemos nos dias atuais.

O papel de todo cristão é o de defender a vida em todos os seus tempos e formas, assim como valorizá-la em todas as suas dimensões, seja ela um embrião, um feto, uma criança, um adulto ou um idoso. Deus não quer que sejamos pessoas passivas diante das diferentes ameaças a vida humana, ao contrário ele pede que sejamos protagonistas de nossa própria história, que sejamos capazes de construir e difundir novos conceitos e relações fundamentadas em valores que promovam e edifiquem a vida humana. Gentilezas geram gestos nobres, solidariedade gera sentimento de comunhão com o próximo, caridade gera gratidão e tudo isso junto gera o amor incorruptível de Deus que podemos difundir com pequenos gestos no nosso dia a dia, e que são capazes de mudar o mundo e destruir o sentimento de morte que se instalou em nossa sociedade.




“O ladrão vem só para roubar, matar e destruir, Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. (Jo 10,10)


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Nasce uma Nova Vida

Nasce Uma Nova Vida

Vou começar este blog contando uma história a vocês, a história de uma dor.
Em 2004, aos vinte e quatro anos, comecei a sentir uma leve dor no abdome, no flanco direito, e foi assim que a história se iniciou.
Fui ao médico que na ocasião pediu um exame de ultrassonografia de rins e vias urinárias. Resultado? Uma leve areiinha no rim direito, o que possivelmente estaria causando a dor. E foi assim que eu me enganei por muito tempo, até o momento em que ela aumentou.
Na ocasião eu já tinha uns 28 anos, comecei uma busca insana na tentativa de ficar livre daquela dor que só aumentava. Procurei vários médicos, comecei com o clinico Geral, depois um nefrologista e um urologista que ao fazer uma tomografia e alguns exames laboratoriais que me garantiram que eu não tinha nenhum problema renal, fui para um gastro, que pediu um ultrassom, uma colonoscopia e uma endoscopia, este também me garantiu que eu não tinha nenhum problema clínico, me passou um ansiolítico e me mandou orar com toda a minha fé para que Deus me libertasse daquele problema. Eu quase ri na cara dele, mas enfim eu tinha algo para me apegar “o ansiolítico é claro”. Tomei o tal ansiolítico por mais de um ano, o que me trouxe um alívio, a dor desapareceu por completo, mas depois de algum tempo voltou, e muito pior. Neste período eu engravidei e a partir do sexto mês de gestação a dor ficou contínua, doía praticamente todos os dias.
 Passado o período de gestação, continuei a minha busca pela cura dessa dor que não me deixava viver, procurei um ginecologista que pediu um ultrassom e mandou fazer uma videolaparoscopia para descartar a possibilidade de endometriose, e mais uma vez nada, porém, depois da cirurgia a dor sumiu como num passe de mágica, más bastou eu passar pela primeira pressão e olha ela lá de novo me atormentando. Então passei para um cardiologista, que pediu um eletrocardiograma e duas ressonâncias uma de pelve e outra de abdome e mais uma vez nada.
 Nesse estágio eu já tinha entrado em desespero porque ninguém podia me ajudar, “pipoquei” uma depressão, mas continuei a minha busca por tratamento, fui a um neurologista que me encaminhou a um psiquiatra.
Comecei o tratamento com o tal psiquiatra que na verdade parecia mais doido que eu que tinha uma dor que não tinha causa para existir, ele me entupiu de ansiolíticos, anti depressivos e calmantes e nada de dor passar. Mudei de psiquiatra, esse um pouco mais normal, me diagnosticou com um tal de transtorno somatóforme doloroso persistente, incrível, porque até quando não temos nada, nenhuma doença ainda encontram um nome para o que a gente tem, RS... este me indicou tratamento com psicólogo e receitou um anti depressivo apenas. Além disso, me disse que pensar numa cura era uma realidade meio distante, porém o tal transtorno poderia ser controlado.
Depois de uns quatro meses de tratamento comecei a ter um alívio que foi aumentando até quase desaparecer, más do nada a dor voltou, já tinha feito acompanhamento com psicólogo e resolvi procurar uma terapia de regressão, que não surtiu nenhum efeito. Na mesma época procurei ainda uma terapia alternativa através de plantas medicinais e massagens terapêuticas. Confesso que serviu para dar uma relaxada, mas a dor continuava lá.  A essa altura fui informada que existia um médico de dor, corri até ele na esperança dele fazer um bloqueio para acabar com a dor, mas o que ele fez foi me dizer que não existia bloqueio para esse tipo de dor e mandou continuar com o tratamento com o psiquiatra. Eu o xinguei muito, e disse que ele tinha de arrumar um jeito de fazer esse bloqueio em mim. “santa ignorância”. RS... más a essa altura eu já não estava nem ai para o que os outros pensavam de mim, afinal eu tinha um transtorno mental e não custava nada dar uma de doida de vez em quando, porque eu tinha que ficar livre daquela dor custe o que custar.
Depois disso procurei uma acupunturista e magicamente na terceira cessão a dor sumiu, desapareceu, virou fumaça, más por pouco tempo, porque como sempre ela voltou. Continuei o tratamento que de fato ainda conseguiu aliviar um pouco a dor. Comecei a praticar meditação o que parece que ajudou um pouco também. Mas a dor continuava lá, às vezes mais fraca, outras mais forte, e outras mais forte ainda.
Na ocasião já haviam se passado uns oito anos.
Um belo dia, cheguei do trabalho e pensei. CHEGA!!!! Eu não aguento mais, eu não tinha mais forças para suportar aquela situação. Eu ia morrer, alias, era tudo que eu queria naquele momento. A única coisa que ainda me segurava era a minha filhinha que na época tinha 4 anos.
Parei do tomar o anti depressivo, parei com as agulhadas, e recorri aquele que seria a minha última esperança. Ele mesmo, DEUS.  Me ajoelhei no chão do meu quarto e implorei a cura para Jesus. Naquele momento veio uma certeza no meu coração, eu ia ser curada. Voltei a frequentar as missas e o grupo de oração e comecei a dizer a Jesus que eu renunciava a qualquer coisa que o impedisse de realizar aquela cura em mim. Então, no grupo de oração eu ouvi: “não são meditações, que vão te levar a Deus más sim a oração”. Aquilo com certeza era para mim, porque eu tinha parado os remédios e a acupuntura, mas continuava a meditar porque eu achava que trazia alívio.
Cheguei em casa e questionei: más Jesus, é a única coisa que me traz alívio e o senhor quer tirar de mim. Naquele mesmo momento peguei a bíblia e abri aleatoriamente no salmo 119 que em seu versículo 48 dizia "Também levantarei as minhas mãos para os teus mandamentos, que amo, e meditarei nos teus estatutos". Naquele instante, eu decidi nunca mais praticar meditação nenhuma que não fosse na palavra de Deus, e dormi em seguida. No dia seguinte a surpresa, a dor milagrosamente havia diminuiu quase que por completo. Naquele momento eu entendi que não era a porque a meditação me fazia mal, era porque eu ainda tinha esperança nela quando a minha esperança deveria ser somente em DEUS.
Más ainda existia um resquício de dor, porém eu comecei a dizer para todo mundo que eu estava curada, e quando me perguntavam se a dor havia passado, eu dizia que ainda não havia passado tudo, mais que ia passar em nome de Jesus.
Continuei a minha busca, porque eu sabia que quando Deus cura, Ele não faz pela metade. Na semana seguinte eu já estava cumprindo o meu acordo de meditar na palavra, e assistindo a um vídeo de estudo bíblico evangélico, o pastor "adventista" começou a falar sobre um determinado assunto que me tocou profundamente, então, naquele instante eu descobri que ali existia um trauma que me causava uma profunda dor. Foi ai que Jesus agiu mais uma vez, desatando aquele nó que estava tão profundo e bem escondido. Fiz uma aliança com ele, a partir daquele momento eu iria continuar meditando na palavra e iria me tornar uma defensora da vida humana em retribuição a graça recebida.
Um dia depois, estava em casa conversando com o meu pai sobre uns bandidos que haviam sido mortos na minha cidade, e ele dizendo que era muito bom porque a cidade estava sendo limpa, foi quando eu disse quase automaticamente como uma frase decorada mas que eu nunca tinha dito antes: pai, a vida só a Deus pertence, só ele tem o direito de escolher quem vive e quem morre.
Naquele momento não existia mais dor. Eu estava curada. Duas semanas foi o tempo que Deus levou para me curar de uma dor que me fez sofrer por mais de oito anos.
Comecei a gritar pelos quatro cantos que eu estava curada, quis testemunhar na igreja, más a minha amiga do grupo de oração meio que me alertou que eu poderia testemunhar, mas não era legal falar da parte do vídeo do pastor porque poderia causar confusão nas pessoas, e a última coisa que eu queria naquele momento era enfraquecer a fé de alguém, então eu desisti porque eu não queria omitir nada.
 Coloquei esse detalhe aqui porque apesar de ser católica de nascença, não tenho nada contra os evangélicos e até assisto muitas pregações de pastores pela internet, porque eu acredito que só há um caminho que nos leva a salvação, e este caminho com certeza não é a igreja, más sim Jesus Cristo. Acredito que independente da nossa denominação religiosa, devemos ser cristãos de corpo alma e coração.
Mas a história da dor ainda não terminou. Depois que recebi a graça, parti para uma busca insana para descobrir como aquilo era possível, comecei a fazer várias pesquisas na internet sobre a origem do cristianismo, como aconteceu, porque aconteceu, quem fez acontecer, li muita porcaria, me decepcionei muito com a igreja, enfim conheci a verdade que existia por traz da verdade e um monte de outras mentiras que se dizem verdadeiras, comecei a ler coisas que iam contra a existência de Jesus como homem santo, foi quando o inesperado aconteceu, eu, com a minha magnífica inteligência de mortal que tudo sabe por causa da internet, cheguei a conclusão de que Jesus não era santo. Como assim?! Foi isso mesmo. Deixei de acreditar e como consequência a dor voltou. Eu confesso que eu mereci isso, porque isso é o que pessoas idiotas merecem.
Eu precisava voltar para Jesus porque se não aquela dor ia me consumir e me tornar de novo uma morta viva como eu era, porém agora eu tinha um dilema maior para resolver, como eu ia voltar a acreditar quando o mundo já tinha me provado por A mais B que Ele não era quem dizia ser. Na mesma semana Jesus mandou me dizer que a fé vem de dentro para fora e não ao contrário. Olhem o tamanho da misericórdia desse ser iluminado, mesmo quando eu havia o abandonado ele ainda estava lá tentando me resgatar. E foi assim que eu entendi que se eu quero viver com Jesus eu tenho de abrir as portas para ele entrar, mas eu só ia conseguir isso através de orações e do conhecimento de suas promessas porque eu tinha que senti-lo dentro do meu coração, dentro do meu ser, e não através do que o mundo contaminado me dizia.
 Eu entendi que quando eu nasci e fui batizada eu passei de criatura para filha, mas no decorrer do caminho o mundo me desviou, mas na hora da necessidade clamei por misericórdia e Jesus veio ao meu socorro, mas eu novamente o abandonei, mas mesmo assim ele me deu uma terceira chance.
 Então eu coloquei o “rabinho entre as pernas” e humildemente como um cachorrinho sem dono, fui pedir perdão a Jesus para que ele me aceitasse de volta, acreditei, orei, pedi, me humilhei, joguei pedras nas portas do céu, mas valeu a pena, porque o Deus do impossível me fez renascer de novo.
De lá para cá, aprendi que confiança é tudo, foram inúmeras outras graças recebidas. Hoje, mais de três anos depois de receber aquela graça, resolvi que tenho a obrigação de levar Jesus comigo para onde eu for, porque eu sou fruto da sua misericórdia. Assim, criei esse blog porque eu acredito que aos olhos do pai todos somos iguais, nossas vidas para ele tem o mesmo valor, independente dos nossos erros e pecados. Acredito que assim como ele realizou essa graça em mim, poderá realizar em você também, desde que o aceite como seu salvador e creia de verdade.
Hoje eu posso afirmar com toda certeza, Deus é real, Jesus existe de fato e o espírito santo que neste momento está aqui comigo me ajudando a criar esse blog é a prova disso.


Obrigada pela sua atenção.
A paz de Deus esteja com vocês.